Ainda bem que hoje é sexta-feira!
Por: José Valdir Cavicchioli, Consultor de Transportes
A frase é clássica e recorrente. Dela podemos sugerir três intensões de quem a pronuncia: a) realmente a pessoa está cansada de uma semana de trabalho duro e extenuante, b) é o dia de tomar cerveja com os amigos e c) a pessoa não é feliz no trabalho e tem no fim de semana o tempo que precisa para aliviar suas amarguras. Prefiro ficar com a terceira opção, embora esteja certo de que as duas primeiras também existam. Para as pessoas do terceiro grupo o olhar contínuo para o relógio até a chegada do aguardado dia é tão comum quanto a angústia no domingo à noite com a proximidade da segunda.
Se este é o seu caso, melhor repensar onde você está depositando seu tempo, o mais precioso de todos bens. Vejamos o contrário: o indivíduo trabalha com entusiasmo, não vê a hora passar e, quando percebe, a semana acabou, ficando uma certa ansiedade para retomar na segunda os trabalhos que não foram possíveis de concluir. Qual deles terá maiores chances e oportunidades de trilhar uma carreira progressiva, consistente e de verdadeiro sucesso? Nem é preciso dizer, é claro...
Muitas pessoas, para não dizer a maioria, não percebem a acomodação tomando conta da vida e nem refletem sobre a importância de ser feliz no trabalho. E vai levando... A auto responsabilidade é uma coisa tão séria quanto difícil de aceitá-la. É comum ouvir “historinhas” do tipo “faltou-me sorte” ou “não nasci para isso ou aquilo”.
Não existe um caminho fácil para aqueles que realmente querem fazer a diferença, que se esforçam, que dão o máximo de si e que encaram todas as dores e reveses que surgem, todo santo dia. É a transposição desses obstáculos que amadurecem o indivíduo e o deixa seu “casco mais grosso” para seguir firme com seus propósitos de vida e realizar seus sonhos.
Falando para aqueles que projetam para si dias melhores, é necessário haver coerência entre objetivos pessoais e grau de esforço, pois a relação é direta. Não querendo rezar o Pai Nosso ao vigário, vejamos: quanto tempo fora do trabalho você está dedicando ao seu crescimento pessoal e profissional? Será que aquele objeto de pouca utilidade, também chamado de televisão, ainda é uma prioridade nos seus momentos de folga? E nos finais de semana, há um espaço de pelo menos umas duas horinhas para ler um livro?
É óbvio que não há nada de errado com o modelo de vida do tipo “c”, acima. Afinal, esta é a beleza do livre arbítrio, onde cada ser humano define seu próprio destino, conforme suas escolhas. Mas é importante que elas esteja conscientemente mapeadas para não haver qualquer tipo de arrependimento futuro, quando nossas forças já não serão mais as mesmas as sextas serão iguais a todos os demais dias da semana.