Não há tempo a perder
Por: José Valdir Cavicchioli, Consultor de Transportes
Certa vez estava saindo de um cliente quando percebi um rapaz que estava sem nenhuma atividade e provavelmente ainda ficaria desocupado por um bom tempo, pois, de fato, não havia trabalho mesmo naquele momento em seu setor. Tudo certo. Mas espere aí! Está tudo certo mesmo? Será que aquele lapso de tempo não poderia ser aproveitado de alguma forma? Não poderia haver algo produtivo ou no mínimo interessante para ser feito enquanto o trabalho fosse retomado? Por que convivemos com a ideia de que a ociosidade pode acontecer em dados momentos? Por que algumas pessoas ainda acham isso normal? Afinal, “não havia trabalho mesmo, fazer o quê! ” A consciência de tempo precisa ser entendida melhor neste mundo coberto de oportunidades e acesso às informações. Tempo está associado com realizações.
Mas a quem cabe, especialmente, esta reflexão de otimização do tempo? Na modesta opinião deste autor a responsabilidade é de todos, executores e gestores. Poderia, por exemplo, nosso colega se oferecer a outros setores para executar tarefas que não lhe dizem respeito (por tabela cultiva-se o espírito de time). Mas vamos imaginar que os demais setores também não oferecessem, naquele momento, demandas de trabalho que pudessem preencher seu tempo. Será mesmo que nada poderia ser realizado de produtivo? Claro que sim. Que tal entender melhor o core business da empresa! Sabemos também que a internet oferece um “montão” de materiais de leitura enriquecedora, tanto no plano pessoal como profissional. Enfim, existem várias saídas para ocupação do tempo. A discussão é ampla e pode ser expandida em nossa vida pessoal. Sim ou não? Será que em casa estamos otimizando nosso tempo? Ou inda achamos que a televisão tem alguma coisa a acrescentar em nossas vidas? O que lhe desperta a atenção nas redes sociais?
No caso em questão nosso amigo não é pessoa reativa, acomodada; ele não tem culpa alguma. Aliás, culpa é uma palavra ofensiva, que sugere responsabilidade de alguém, mas essa não é a ideia aqui. O propósito e levar ao leitor a reflexão sobre seu papel na difusão de que o tempo é precioso e, como tal, deve ser aproveitado ao máximo. Neste sentido, é louvável que haja o debate sobre as formas como as pessoas possam ser orientadas sobre as atitudes para maximização de seus tempos e como isso as levariam para um lugar melhor em suas vidas. Afinal, elas são resultado do meio em que vivem e, portanto, as inoperâncias observadas têm tudo a ver com ausência de estímulos que lhe são dados.