Quem nunca ouviu a pergunta (afora a babaquice da expressão): “o que você quer primeiro, a notícia boa ou a notícia ruim? ”. No que a maioria responde: “primeiro a boa”, num claro sinal de que as coisas positivas têm lá sua prioridade. É assim. Ficamos atentos às boas notícias do tipo “tal produto baixou de preço”, ou “sua empresa foi contratada para...”, ou “você foi promovida a...”, ou “o chefe não vem trabalhar hoje”. Mas será que as ditas boas notícias também podem ser as notícias novas? Façamos uma reflexão.

Quando aparece algo novo no mercado, um produto, um serviço, um novo fornecedor, uma nova tecnologia, uma ferramenta interessante, um novo conceito de trabalho, uma nova ideia para aumentar para sua renda, um novo..., bem, acho que entendeu. Quantas vezes rejeitamos uma novidade por puro ato instintivo de que “isso não funciona”, ou “isso não serve para nossa empresa”,ou ainda “isso não dará certo para mim”. Pode até ser que, de fato, não sirva mesmo, e talvez seja o mais provável, mas o ideal é que a conclusão seja tomada após se certificar, minimamente, que sua intuição era procedente. Por vezes, deixamos de conhecer alguma coisa interessante pelo trabalho de sair da zona de conforto ou, o que é pior, por um velado sentimento de soberba, com o perdão da palavra.

A mensagem segue duas vertentes: a primeira de estar ligado nas novidades que estão sempre surgindo neste mundo cada vez mais dinâmico e desruptivo. Para isso é necessário ocupar uma parte de seu tempo absorvendo informações construtivas para sua vida pessoal e corporativa, seja lá de qual for a fonte. A segunda de não rejeitar prontamente uma ideia antes de obter os elementos essenciais que lhe permita ter uma conclusão assertiva. Ao desprezar prontamente algo novo, você poderá estar perdendo a oportunidade de crescer intelectual ou até mesmo financeiramente.

A simples leitura deste texto serve de exercício para refletir sobre a forma como recebe algo novo. Se achar que não serviu para nada (e isso seria perfeitamente legítimo e aceitável), pode estar indicando um sentimento reativo em relação a uma ideia nova. Ao contrário, se causou uma reação de alerta,um sentimento de enquadramento, é sinal de que não ficará para sempre esperando a “notícia boa”.