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O poeta e o executor

Por: José Valdir Cavicchioli, Consultor de Transportes

A despeito dos estilos de conduta verificados em qualquer âmbito de trabalho é comum observar profissionais que estão mais preocupados em mostrar do que fazer. São os chamados “poetas”. Talvez não por falta de capacidade, mas por um tipo de personalidade onde o lado A do cérebro fale mais alto (pesquise sobre isso, vale a pena) ou então por não terem “segurado no chifre do boi” ao longo da carreira. Gostam mais da lataria do que do motor. Apreciam mais a embalagem do que o produto. Em contraponto, existem aqueles que executam, que resolvem. Que quando lhe é dada uma missão, vão e fazem.

A coisa funciona mais ou menos assim: 

Situação

Diante de um projeto

Na solução de um problema

Nas reuniões

O Poeta

Dá aquela volta básica para chegar no mesmo ponto, expõe experiências e mais experiências passadas e diz que o assunto envolve muitos detalhes e todos tem que pensar minuciosamente em tudo para não haver qualquer tipo de "gargalo" que afronte o projeto, pois se isso ocorrer haverá perdas etc. e tal...

Pensa, Pensa, pensa e quando chega a uma conclusão pergunta ao colega ao lado qual a opinião dele sobre a tal conclusão.

É prolixo, coloca vários exemplos, não apresenta ideis e no final acolhe a opinião do outro.

O Executor

Ajuda na definição das etapas e dos prazos, verifica qual o seu papel e inicia o trabalho.

Pensa nas alternativas e escolhe a mais indicada com base em sua intuição e experi~encia passada. Se tiver alguma dúvida, pedeorientação ao seu líder e resolve a parada.

Ouve com atenção, expõe suas opiniões e procura finalizar logo o encontro.

O profissional pragmático, no nosso caso aqui o “executor”, terá substancialmente mais chances de crescer na organização, pois carrega consigo alguns atributos de reconhecida importância como: agilidade, produtividade (entenda-se volume de trabalho), disposição, e capacidade de entrega. Já o “poeta”, por mais simpático que possa parecer, e normalmente é, ficará à sombra de quem realiza, até que o tempo os separe.