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O que você está estudando para alavancar sua carreira?

Por: José Valdir Cavicchioli, Consultor de Transportes

Estou convencido de que o formato de ensino que a maioria das pessoas seguem está obsoleto e pouco - ou nada - agrega no cotidiano corporativo de forma prática, seja nos cursos de graduação, pós-graduação, mestrado, MBA, entre outros. Todos seguem uma grade de matérias que trabalham elementos racionais, atuando essencialmente no desenvolvimento cognitivo do indivíduo. Não que não sejam importantes, ao contrário, trazem conceitos que, se bem aplicados, contribuem com o desempenho no trabalho, embora não seja possível medir os resultados efetivos.

Vejo também pessoas mais preocupadas com o enriquecimento curricular do que propriamente da aplicabilidade dos conteúdos adquiridos nos cursos. Esse viés, embora pertinente, por si só não justifica o investimento, até porque não é possível medir a capacidade intelectual do indivíduo unicamente por esse tipo de formação.

Após ingressar numa jornada de cursos relacionados à inteligência emocional, percebi a elevada importância do desenvolvimento de elementos não cognitivos, ligados ao autoconhecimento e conhecimento de pessoas, tão ou mais do que o aprendizado técnico/racional. Este, por sua vez, pode levar a pessoa ao grau de perícia que a tornará diferenciada e certamente reconhecida por isso, mas é insuficiente para fazer dessa especialidade o elemento único de aprendizado.

O estudo de inteligência emocional conduz ao entendimento comportamental e compreensão das pessoas, o que, na prática, são atributos de diferenciação no mundo corporativo. E assim será cada vez mais. Essa compreensão é especialmente importante às pessoas que ocupam cargos de liderança, na medida que possibilita ao líder a tomada de decisões mais assertivas. Pesquisa feita com líderes que fracassaram, visando entender os motivos dessa consequência, apresentou resultados impressionantes: 13% por incompetência técnica e 87% por incompetência emocional. Essa pesquisa é uma demonstração clara de que a grande maioria das pessoas ainda investe seu tempo e dinheiro em treinamentos que não fortalecem seu lado comportamental e emocional.

Se você é daqueles que deseja ter alta performance em sua trajetória corporativa lembre-se que é mandatório investir seu tempo, e provavelmente dinheiro, também no desenvolvimento de sua inteligência emocional. Um tema amplo e que requer muita dedicação para provocar mudanças atitudinais profundas, mas que certamente o conduzirão a patamares mais elevados, tanto no trabalho como na vida privada.

Em resumo, inteligência racional e inteligência emocional andam juntas. Ser inteligente é viver essa dualidade em sua plenitude.